terça-feira, 15 de novembro de 2011

                  HISTÓRIAS INTERRESSANTES SOBRE O PURGATÓRIO:
O pelotão de almas.
O padre Luiz Monaci era fervoroso devoto das almas. Viajando por uma estrada infestada de perigosos assaltantes, ia recitando o rosário pelas almas do purgatório. Ao avistar de longe o sacerdote sozinho, um grupo de bandidos se preparou para assaltá-lo. Qual não foi o espanto quando derepente aparece um pelotão de soldados que marchavam ao lado do padre. Aterrorizados se esconderam, enquanto o padre caminhava tranquilamente escoltado pelos soldados. Tempos depois, os bandidos convertidos, encontraram o padre numa hospedaria da cidade, e arrependidos foram conversar com ele e lhe perguntaram sobre os soldados que o escoltavam. Padre Monaci respondeu:

“ Meus filhos, eu ando sozinho; só tenho um companheiro: meu rosário, que recito pelas santas almas”.

“Pois bem”, confessaram, “essas almas vos salvaram. Pois éramos bandidos e estávamos prontos para vos despojar e matar. Cremos que as almas vos salvaram da morte”. 

UMA DISCUSSÃO IMPORTANTE.
São Luiz Beltrão, dominicano, celebrava freqüentemente a Santa Missa pela conversão dos pecadores, e raramente o fazia pelas almas do Purgatório.
Um dos irmãos da Ordem lhe perguntou por que assim procedia. O Santo respondeu:

“Ora, meu irmão, as almas do Purgatório têm já garantida a Salvação Eterna e os pecadores, coitados, estão expostos à Eterna condenação do inferno”.
“Sim é verdade” _ respondeu o irmão _, “mas suponhamos que dois pobres vos peçam esmolas. Um é estropiado e paralítico, absolutamente incapaz de se mover por si, não pode ganhar a vida, lhe é impossível trabalhar. O outro, ao invés, é moço, forte, está na miséria e implora vossa caridade. A quem dará de preferência a vossa esmola?”

“ Ao que não pode trabalhar”, respondeu o santo.

“Pois bem, meu caro padre, as almas do purgatório estão nesse caso. Nada podem fazer por si mesmas. Para elas acabou o tempo da penitência e do mérito, da oração e das boas obras. Dependem de nós, da nossa caridade. O pecador neste mundo pode trabalhar para sua salvação, tem os meios e as graças à sua disposição, confissão, orações, jejuns, caridade, etc. Não vos parece, meu padre, que as almas do purgatório sejam mais necessitadas das nossas orações que os pecadores?

São Luiz Beltrão meditou seriamente nas razões do irmão e dali em diante orava sim pelos pecadores, mas mais em auxílio das pobres almas do purgatório.

Realmente, neste mundo o pecador pode trabalhar pela sua salvação e abusar da graça. È um pobre que necessita de esmola sim, mas porque não trabalha. As almas são os pobres sem ninguém por elas. Não podem mais lutar nem merecer como nós. Para elas passou o tempo de lucrar. Estão entregues à Justiça Divina.
Todavia, nessa matéria só Deus pode julgar.

A razão de Santo Tomás de Aquino é bem séria: “Os sufrágios pelos mortos são mais agradáveis a Deus que os que fazemos pelos vivos, porque aqueles se acham em mais prementes necessidades e não podem se valer por si mesmos”. 

Os Santos que tiveram contato com o Purgatório em revelações particulares puderam nos dizer o quanto sentiram a necessidade de orar, sofrer e sufragar por todas as maneiras, as almas sofredoras. Não cometamos o erro de abandonar a oração pelas almas, sob o pretexto de que os pecadores têm mais necessidades e estão arriscados à condenação eterna.

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