sábado, 12 de fevereiro de 2011


 -DESDE QUANDO EXISTE O SACRAMENTO DA CONFISSÃO?
-A praxe de confessar faltas aos sacerdotes já estava em vigor no Antigo Testamento, bem antes de Jesus vir ao mundo, Ele veio confirmar dando também este poder aos apóstolos. O livro da Bíblia chamado Levítico mostra vários casos em que o perdão do pecado era realizado através da confissão. Em Lv. 5,5s vemos um caso de confissão pública: “Aquele que se tornar culpado de uma destas três coisas (recusa de testemunho, contatos impuros, juramentos levianos), confessará o pecado cometido, levará ao Senhor  como sacrifício de reparação pelo pecado cometido uma fêmea de gado miúdo...em sacrifício pelo pecado cometido, e o sacerdote fará por ele o rito de expiação.”
Em outro casos, porém, a confissão era feita diretamente ao sacerdote, como em Lv.5,23-25:
“Se alguém pecar recusando devolver ao próximo algo extorquido ou roubado deverá restituir o valor ao proprietário respectivo. Depois levará ao Senhor, como sacrifício de reparação, um carneiro sem defeito, do seu rebanho; será avaliado segundo o valor estabelecido pelo sacerdote para um sacrifício de reparação”
Isto prevê que o sacerdote pondere a gravidade do pecado, e aplique o tipo de reparação necessária, o que supõe, logicamente, a confissão feita ao sacerdote. O mesmo pode se ver em Números 5,5-7.
Vemos então que a Confissão não é algo inventado no Cristianismo.
Deus sempre quis e quer distribuir as graças aos homens mediante ministros e sinais sensíveis, pois somos por natureza social e dependente das coisas visíveis; a via normal para a nossa santificação é a via dos Sacramentos.


- O QUE É NECESSÁRIO PARA FAZER UMA BOA CONFISSÃO?
Este Sacramento é constituído de três atos do penitente e da absolvição dada pelo sacerdote.
Os atos do penitente são: O ARREPENDIMENTO, A CONFISSÃO dos pecados ao sacerdote, e o PROPÓSITO de cumprir a penitência e as obras de reparação dadas pelo sacerdote.
Para se confessar bem os pecados é preciso fazer um bom exame de consciência à luz da Palavra de Deus, dos Dez Mandamentos e examinar os pecados capitais: soberba, ganância, impureza, gula, ira, inveja, preguiça.
Alguns textos Bíblicos ajudam a fazer o exame de consciência, como o Sermão da Montanha que está em Mc.5,6e7, as cartas dos Apóstolos: Rm12-15; 1 Cor 12-13; Gl 5; Ef 4-6.
Ensina a nossa Igreja que: “A confissão dos pecados, mesmo do ponto de vista simplesmente humano, nos liberta e facilita nossa reconciliação com os outros”. Pela acusação o homem encara os pecados dos quais se tornou culpado, assume a responsabilidade deles, assim, abre-se de novo a Deus e à comunhão da Igreja, a fim de tornar possível um futuro novo.
É preciso se esforçar para confessar todos os pecados que nos vêm à memória, e apresenta-los todos ao perdão da misericórdia Divina. “Se o doente insistir em esconder do médico sua ferida, como poderá curá-lo?”
A confissão regular dos nossos pecados nos ajuda a formar a consciência, a lutar contra nossas más tendências, a ver-nos curados por Cristo, que é o médico de nossas almas, e progredimos na vida do Espírito.
Santo Agostinho grande santo e doutor da Igreja ensinou assim: Quem confessa os próprios pecados está agindo em harmonia com Deus... Quando começas a detestar o que fizeste de errado, é então que as tuas boas obras começam, porque acusas as tuas más obras. A confissão das más obras é o começo das boas obras. Contribuindo para a verdade conseguirás chegar à luz” e ainda: “Quem aceita e confessa seus pecados ao sacerdote da Igreja tem o perdão dos seus pecados, e quem não aceita que a Igreja na pessoa do sacerdote concede o perdão dos pecados seus pecados não serão perdoados.”
Os sacerdotes têm a unção especial na qual são habilitados para agir em nome de Cristo realizando os Sacramentos. Portanto quando o padre perdoa é o próprio Cristo que nos perdoa

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