-POR QUE O PAPA CONVOCOU O ANO DA FÉ?
“A
Porta da Fé, que introduz na vida de Comunhão com Deus e permite a entrada na
sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar quando a
Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que
transforma.” Com estas palavras, o Papa Bento XVI iniciou
a Carta Apostólica “Porta Fidei”,
com a qual se proclama o Ano da Fé. Este se iniciou no dia 11 de outubro deste
ano com a comemoração dos 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II, 20 anos
da promulgação do Catecismo da Igreja Católica e estende-se até 24 de novembro
de 2013, na Solenidade de Cristo Rei.
O Papa convida todos a dedicar um tempo especial para
discernir o significado da fé e de seu testemunho. “O CAMINHO DA FÉ DURA A VIDA TODA, E MERECE UM EMPENHO CONSTANTE” diz
o Pontífice. O Catecismo da Igreja Católica em sua primeira parte explica: “A fé é primeiramente uma adesão pessoal do
homem a Deus; é ao mesmo tempo, e inseparavelmente, a aceitação livre de toda a
verdade que Deus revelou.” É um dom de Deus, uma virtude sobrenatural
infundida por Ele. Mesmo sendo dom, é necessária uma resposta humana livre.
Para viver, crescer e perseverar até o fim na fé, devemos
alimentá-la pela Palavra de Deus e implorar pela oração que o Senhor aumente a
cada dia a nossa fé. Deve-se agir pela caridade, ser carregado de esperança e
estar enraizado na fé da Igreja.
A fé nos faz degustar por antecipação a alegria e a luz
da visão beatífica, meta da nossa caminhada na terra. "Veremos então, Deus face
a face, tal qual como Ele é". Esta fé já é, portanto, o começo da Vida Eterna.
- O QUE PODEMOS FAZER DE CONCRETO NESTE ANO DA FÉ?
Para este “Ano da Fé” o Sumo Pontífice apresenta alguns
direcionamentos:
-Antes de tudo, uma autêntica e renovada conversão ao
Senhor único Salvador do mundo. Simultaneamente, o Papa espera de cada fiel que
o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade.
-É o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos
impele a evangelizar. Hoje pede a nós que proclamemos o seu Evangelho a todos
os povos. Começando em nossas casas, vizinhos e amigos. Que não tenhamos
vergonha de anunciar e defender a nossa Fé.
-Tanto
as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades
eclesiais, antigas e novas, encontrem uma forma de fazer publicamente a
Profissão do Credo.
-É também ocasião propícia para intensificar o testemunho
da Caridade. “Agora, pois permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a
caridade; mas a maior de todas é a Caridade.” ( I Cor 13,13)
-O conhecimento dos conteúdos da Fé é essencial para
aderir plenamente, com inteligência e vontade, aquilo que é proposto pela
Igreja. Por isso se faz necessário uma redescoberta e estudo dos conteúdos
fundamentais da Fé, que tem no Catecismo da Igreja Católica em seus 20 anos, a
síntese sistemática e orgânica. Este nos dá quatro indicações: CONFESSAR A FÉ; CELEBRAR A FÉ; VIVER A FÉ E REZAR A
FÉ.
É pela Fé que Maria acolheu a palavra do Anjo; os
Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre, e se formou a primeira
comunidade, que os Mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade, pela
Fé que homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo e de todas as idades
professam a beleza de seguir o Senhor Jesus.
QUE ESTE ANO DA FÉ SEJA PARA NÓS UM ENCONTRO PROFUNDO COM
DEUS E UM MAIOR APROFUNDAMENTO DA NOSSA FÉ.
-E O QUE DIZ O PAPA SOBRE OS 50 ANOS DO CONCÍLIO VATICANO II?
Passaram-se 50 anos, mas de acordo com o Papa Bento XVI,
“o Concílio Vaticano II continua a ser bússola segura para nos orientar no
caminho do século que começa.” O Pontífice, que participou deste grande momento
da Igreja como teólogo conciliar, considera ainda utilizando as palavras do
Papa João XXIII no discurso de abertura em outubro de 1962: “O Concílio quer
transmitir pura e na íntegra a doutrina, sem diminuição ou transgressão da
mesma.”
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