Porque os católicos cultuam os Santos?

Somos acusados pelos irmãos evangélicos de fazer e adorar imagens. O que podemos responder sobre esta acusação?

A Igreja desde o seu início na terra, os primeiros cristãos, já acreditavam que os seus filhos, que viveram segundo a vontade de Deus, dando testemunho de fé, conquistaram o céu; e que estão face a face com Deus intercedendo por nós que ainda peregrinamos para chegarmos ao céu. A Igreja os venera, e isto não tem nada a ver com adoração. Somente a Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) a Igreja Católica presta culto de adoração. Aos Anjos e Santos prestamos culto de veneração. É algo semelhante ao amor que alguém dedica ao pai ou outro familiar já falecido, ou ainda o que o povo presta a um dos seus que muito fizeram pela nação. O culto dos Santos é perfeitamente legítimo, porque quando enaltecemos suas vidas e os seus atos, que são exemplos a serem imitados por nós, estamos glorificando a Deus, já que os Santos nada seriam sem a graça de Deus. A Igreja aprova as imagens dos Santos e Anjos porque os primeiros cristãos (muitos mártires) pintaram e esculpiram imagens de Jesus, de Nossa Senhora, dos Santos e Anjos, inicialmente nas catacumbas, não para adorá-las, mas para venerá-las, sempre lembrá-las não deixando cair no esquecimento. É o caso de se perguntar então: Será que esses primeiros cristãos, muitos mártires, foram idólatras por cultuarem as imagens? É claro que não. Eles foram Santos, mártires, derramaram muitos deles o sangue em testemunho da fé, exatamente para não praticarem a idolatria, queimando incenso ou se ajoelhando diante de certos imperadores da época como César, imagens de ídolos dos povos pagãos como Baals, Moloc, etc. Era isso que Deus proibia terminantemente. A prova de que Deus nunca proibiu imagens, é que Ele próprio ordenou a Moisés que fabricasse imagens de dois Querubins (ANJOS) e também pintasse com imagens as cortinas dos Tabernáculo. Os querubins foram colocados sobre a Arca da Aliança. “FARÁS DOIS QUERUBINS DE OURO; E OS FARÁS DE OURO BATIDO, NAS DUAS EXTREMIDADES DA TAMPA, UM DE UM LADO E OUTRO DE OUTRO LADO... TERÃO ESSES QUERUBINS SUAS ASAS ESTENDIDAS PARA O ALTO E PROTEGERÃO COM ELAS A TAMPA...” (Ex.25,18s, Ex.37,7; 1Rs6,23; 2Cr3,1). Confira estes textos na Bíblia. “FARÁS O TABERNÁCULO COM DEZ CORTINAS COM LINHO RETORCIDO, DE PÚRPURA VIOLETA SOBRE AS QUAIS ALGUNS QUERUBINS SERÃO ARTISTICAMENTE BORDADOS” Ex. 26,1. 31. Como então alguém tem coragem de dizer que a Bíblia proíbe as imagens? Não entenderam; a Bíblia não proíbe as imagens, mas sim fazer imagem de “ídolo” para adorar, deus falso. O mesmo Deus mandou que no deserto, Moisés fizesse uma serpente de bronze e pendurasse numa haste e todos os que eram picados por serpentes na caminhada do deserto e olhassem para ela eram curados, lemos isto na Bíblia em Números cap.21,8-9, isto já prefigurava Jesus pregado na cruz (Jo 3,14) Hoje caminhamos no deserto da vida e quando somos picados pela serpente do pecado, mas olhamos para a cruz de Cristo, com arrependimento temos a certeza de sermos perdoados. Também o rei Salomão, quando construiu o templo, mandou fazer querubins e outras imagens. (1Rs7,29) Quando nós católicos nos ajoelhamos diante de uma imagem para rezar, não é para adorar a imagem ou o Santo ali representado, mas para com a intercessão do Santo, obter a graça de Deus. Cristo assumiu um verdadeiro corpo humano, por meio do qual Deus invisível se tornou visível e pode ser representado nas imagens onde vemos o rosto humano de Deus e o rosto divino do ser humano. Encontramos esta passagem na Bíblia em Colossenses cap.1 vers.15: “ELE É A IMAGEM DO DEUS INVISÍVEL, O PRIMOGÊNITO DA CRIAÇÃO”. Infelizmente multidões são conduzidos ao erro por se dar uma interpretação individual à Palavra de Deus sem ouvir a Igreja Católica que é a intérprete oficial , pois foi ela que inspirada pelo Espírito do Senhor compôs a Bíblia. As imagens, sempre foram, em todos os tempos, um testemunho da fé. Para muitos que não sabiam ler, as belas imagens foram como que o Evangelho pintado nas paredes ou nas esculturas. E assim há de continuar a ser.